sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Noite Fria

Sempre que o sol se retirar, 
Estenda-se sob a sacada a me esperar.
Assista o que há de mais insinuante,
o trabalho no canavial se dissipar.

Encanta-te com o meu olhar
apressado e provocador,
sonhe com o trote de meu cavalo,
que segue contínuo e rígido.

Entregue-se aos meus braços,
que sempre te reconfortaram.
Relembre nossas juras de amor,
Que de mim, jamais se esvaíram

Traga-me café, bolo e isqueiro.
Pinte tuas unhas de vermelho.
E de como tão desejado...
Implore-me para despir o seu manto.

Sinta-se energizada dos pés à cabeça,
com o tocar de meu corpo.
Presencie o manifesto do calor,
que aquece seu entorno.

Ande depressa, vem logo
Que a nostalgia desse amor
Conturbado e mal acabado, me corrói
Junto aos devaneios e sereno da quente madrugada.

Ana Lima


(Foto do espetáculo: La Casa de Bernarda Alba, direção de Jorge Farjalla)

5 comentários:

Camila Oaquim disse...

AHHHHHH
ahazoooooooou!!!!
acho que devia mudar o nome pra noite QUENTE hein?! eu ri

Paula Albuquerque disse...

o texto ficou liindo, sem sacanagem, muito inspirador; um dia vou ler pra você ouvir na minha voz, e vou te seduzir com ele, porque tá tudo de bom !

Lola A. disse...

Faço minhas as palavras da Paula.

M.Carvalho disse...

Lindo amiga, lindo mesmo . E como vc bem disse, a minha cara . hahaha

Unknown disse...

Ei Ana,
Fico feliz em te ver produzindo algo tão bacana. Você é um encanto de pessoa, possui uma maturidade inigualável. Parabéns pelo blog. Adorei. Beijinho,
Ilana Villar