sábado, 10 de julho de 2010

Suicido diário e vida harmônica

Todo o dia há coita
Em toda parte há coita
O passado coitado, assemelha-se
ao presente e talvez, ao futuro

Oh Coita, que tão delicada e intensa é
procure outro rapaz pra morar
E outra moça para matar

Coita que já se faz anestésica...
Não se vá, continue na antiga e mesma casa
Fique, mas fique como senha de cadeado
Como trancas de portão durante a madrugada

Fique como escudo de ferro, que na verdade, feito de papel é
Como disfarce de bandido, que na verdade, máscara de carnaval é
Como contrários convergentes e harmônicos, fique.

Permaneço eu aqui, louco amante,
assustado, encantado e hipnotizado
com tamanha exuberância e atrevimento
Como pode a mais divergência, harmônica ser?

Permaneça, como força vital diária,
e permaneça mesmo que como homicídio noturno
E caminhando ao lado da mais bela nutrição,
permaneça também como antíduto.

Ana Lima

Um comentário:

Paula Albuquerque disse...

manda muito, muito bem colocado, expressado, show de bola !