sexta-feira, 30 de julho de 2010

Relatos de uma Jovem Invadida


E era assim toda vez que ele chegava ...
Era assim todo começo de madrugada.
Sons e gemidos ensurdecedores.

E quando a luz do dia invadia a janela,
e embora ele fosse,
Era o silêncio que minh’alma enlouquecia.

Os cartazes diziam:
“Diga não ao silêncio! Denuncie, quebre-o!”
“Diga não as drogas! Não Fume!”
Comecei a achar que tudo não passava de uma puta hipocrisia.

Na realidade, fora dos papéis e teoria,
a verdade é que tudo ao contrário acontecia.

Às vezes matavam e nem percebiam.
Sempre matavam e jamais percebiam.
Com os sons me comformava a cada dia.
Mas com o silêncio angustiava-me todos os dia.

Pura e pervertida.
Adulta e indefesa.
Santa e prostituta.


Conformada e angustiada.
Era desse jeito, que sobrevivia até o final da madrugada.

Ana Lima

3 comentários:

Camila Oaquim disse...

Sempre desconfiei que você tava nessa vida migs =S brinks ksoaposaksa
Cara, adorei o post..
incorporou bem esse eu-lirico meio sofrido e revoltado e relatou bem essas confusões que realmente devem passar na cabeça de alguém que passa pro essa situação.
Até o proximo post =D

;*

Ana Lima disse...

ah adorei seu comentario, vocÊ entendeu total o que eu quis passar! :)

B. disse...

Tudo realmente não passa de uma puta hipocrisia.